Implantação do Sistema de Medição Sincronizada de Fasores

Uma das novas tecnologias identificadas para o aumento da segurança do SIN foi a implantação de um Sistema de Medição Sincronizada de Fasores (SMSF) para a realização da análise de ocorrências de grande porte.

A medição sincronizada de fasores foi desenvolvida há alguns anos e viabilizada pela implantação da referência de tempo do Sistema Global de Posicionamento (Global Positioning System – GPS, em inglês). Essa tecnologia de medição permite a análise de fenômenos de longa duração e abre toda uma série de oportunidades para novas e melhores ferramentas de operação de sistemas elétricos.

Os fenômenos de longa duração, tais como oscilações eletromecânicas locais ou interáreas e variações de frequência aparecem nos sistemas elétricos quando ocorrem distúrbios de grande porte, que afetam de modo generalizado o sistema. A análise desses fenômenos envolve basicamente a medição de frequência e de módulo e ângulo de fase das grandezas elétricas, por períodos de tempo que variam de segundos até alguns minutos após a ocorrência da perturbação.

Neste cenário, o ONS iniciou as ações necessárias para a implantação de um SMSF para o SIN. Essas ações correspondem basicamente à instalação de Unidades de Medição de Sincrofasores – Phasor Measurement Units (PMUs), em inglês – nos equipamentos do SIN e à instalação de infraestrutura de hardware e software para aquisição e análise dos sincrofasores nas dependências do ONS.

Os estudos para implantação do SMSF no SIN tiveram início em 2005. Entre 2007 e 2008, o ONS contou com recursos oriundos do Banco Mundial – projeto ESTAL – para estudo da utilização de sincrofasores para aplicações em tempo real. A partir de 2012, o ONS iniciou o pleito de um novo financiamento junto ao Banco Mundial – projeto META – para compra de toda a infraestrutura de hardware e software para implantação do SMSF no ONS.

O financiamento de projetos via Banco Mundial é interessante para o ONS, pois utiliza uma linha de crédito a “fundo perdido”, na qual o Banco Mundial financia 80% e o governo brasileiro entra com a contrapartida de 20% do financiamento. Para efeitos práticos, não há impacto na tarifa, o que beneficia em última análise o consumidor brasileiro.

Atualmente, o ONS já faz uso de ferramentas baseadas em sincrofasores para algumas avaliações na pós-operação, por meio de um projeto piloto com a Universidade Federal de Santa Catarina - UFSC. A previsão atual é que o sistema de PMUs do SIN, sob a gestão do ONS, esteja em operação até o final de 2015.

  • © 2012 ONS - Todos os direitos reservados