A interligação dos sistemas isolados de Manaus e Macapá ao SIN deverá ocorrer no segundo semestre de 2013, com a entrada em operação de um sistema de transmissão em 500 kV de aproximadamente 1.400 km — partindo da subestação de Tucuruí, passando pela subestações de Xingu, Jurupari e Oriximiná, no Estado do Pará, até alcançar as subestações de Silves e Lechuga, já no Estado do Amazonas. A interligação do sistema de Manaus ao SIN será na subestação de Lechuga, e a interligação do sistema de Macapá ao SIN será a partir da subestação de Jurupari.
Está previsto também um grande conjunto de obras nos sistemas receptores de Manaus e de Macapá, para permitir a integração do sistema de distribuição ao sistema de transmissão.
Diversos estudos foram realizados para permitir a integração dos sistemas de Manaus e Macapá ao SIN, destacando-se os estudos de energização, rejeição de carga e recomposição, análise de contingências e controle de tensão, proteções sistêmicas e ajustes e otimização de controladores.
Devido às incertezas inerentes ao desempenho de um sistema de 1.400 km de linhas de transmissão em circuito duplo, boa parte sobre a floresta amazônica e com travessia extensas de rios, foi necessário definir um Esquema Regional de Alívio de Carga (ERAC), concomitante com um despacho de geração térmica, como forma de mitigar as consequências de eventuais perdas dessa interligação. Assim, será possível proporcionar maior segurança e confiabilidade para Manaus, dado que a cidade é uma das sedes escolhidas para a Copa do Mundo de Futebol, em 2014.
Um desafio a mais para a entrada em operação dessa interligação foi o atraso nas principais instalações planejadas para os sistemas receptores de Manaus e Macapá. O atraso implicará diversas configurações operativas ao longo do ano de 2013, sendo necessários estudos complementares, buscando-se definir medidas operativas, para mitigar os riscos de corte de carga tanto para Manaus como para Macapá, numa eventual perda da interligação, e os montantes de geração térmica que deverão permanecer em funcionamento durante essa operação provisória, com vistas a mitigar os impactos de contingências no sistema.