Dois marcos relevantes

O ano de 2012 marca mais um ciclo de intenso trabalho do Operador Nacional do Sistema Elétrico, tanto no cumprimento de sua missão institucional – garantir a segurança e a economicidade do suprimento de energia elétrica aos consumidores do Sistema Interligado Nacional – quanto na busca contínua pelo aprimoramento da gestão organizacional.

O trabalho desenvolvido pelo Conselho de Administração vem juntar-se a esse esforço integrado das equipes técnicas do Operador, dos Agentes Associados e das demais organizações que conduzem o setor elétrico, contribuindo para esse expressivo conjunto de resultados positivos, tanto no campo técnico quanto no da gestão corporativa.

Destaco o esforço empreendido pela Comissão de Conselheiros que analisou os desafios e propostas de aperfeiçoamento dos processos de expansão da geração e transmissão de energia. O objetivo do trabalho foi de identificar o impacto sobre a operação do SIN de um processo de planejamento e expansão em que têm predominado a geração hidrelétrica sem reservatório e a geração intermitente, como também o de propor aprimoramentos.

Dentre os desafios apontados, destacam-se: a necessidade de adoção de leilões regionais e por tipo de fonte; a necessidade de frear a perda de capacidade de regularização do sistema de reservatórios; a necessidade de aumentar a geração termelétrica de base, considerando inclusive novas técnicas que permitam reduzir a emissão de CO₂; a necessidade de acomodar grandes montantes de geração intermitente no atendimento da carga; a necessidade de aprimorar os mecanismos operativos de segurança; e as necessidades específicas da regulamentação, implantação e operação das redes de transmissão.

O segundo ponto que gostaria de comentar foi o processo de revisão e aprimoramento do Plano de Gestão de Cargos e Remuneração do Operador. Formulada a partir de um abrangente trabalho interno à organização, a proposta viabilizada pela Comissão de Conselheiros buscou assegurar a sustentabilidade da organização, tornando-a capaz de atrair e reter os recursos humanos altamente qualificados de que necessita para o exercício de sua missão institucional. Ao mesmo tempo, buscou-se uma formulação moderna e que promovesse a racionalização dos custos de pessoal. A aprovação pela ANEEL na íntegra da proposta enviada pelo Conselho demonstra que estamos na direção correta.

Destaco ainda os resultados positivos do projeto de implantação das novas instalações do Operador, em Florianópolis, em Recife e no Rio de Janeiro, que elevarão a organização a um novo estágio em termos de ambiente físico, em breve tempo.

Tenho certeza que a evolução desses assuntos conduzirá, no futuro, a um Operador plenamente capacitado para coordenar a operação de um sistema cada vez maior e mais complexo, expandido sob a ótica do compromisso com as próximas gerações, e que possa atender a uma demanda energética per capita crescente. Somando-se a dedicação e a competência de sua equipe técnica, com a capacidade de gestão da sua Diretoria e com a orientação segura de seus Conselhos de Administração e Fiscal, todos os desafios que esse futuro irá trazer serão vencidos.

Maurício Stolle Bähr
Presidente do Conselho de Administração