Mensagem do Diretor Geral

Postos à prova

Ao analisar retrospectivamente os resultados alcançados em 2012, noto que este foi um ano em que o Operador foi posto à prova em diversos desafios que enfrentamos. E, se ao final do período, podemos visualizar com orgulho os resultados alcançados, considerando-se as características da organização, isto se deve a uma gestão articulada e proativa em diversos aspectos.

Tivemos a necessária e valiosa colaboração de todas as instituições responsáveis pela gestão do setor elétrico: o Ministério de Minas e Energia, a Agência Nacional de Energia Elétrica e as demais agências reguladoras, a Empresa de Pesquisa Energética, a Câmara de Comercialização de Energia Elétrica, as Secretarias Estaduais de Energia, cada um dos 321 agentes associados e as associações que os representam.

Além disso, contamos com a dedicação permanente e o comprometimento pessoal de cada componente da equipe técnica do ONS. Trabalhando de forma responsável e integrada, fomos capazes de superar os desafios e manter a organização na longa trajetória de sucesso que tem marcado a sua história.

Tiveram continuidade em 2012 os projetos que preparam o sistema para que nossa missão possa ser desempenhada com maior efetividade no futuro. Destaco entre eles a análise das condições de suprimento às cidades-sede da Copa das Confederações, da Copa do Mundo de Futebol de 2014 e a preparação para os Jogos Olímpicos de 2016; a avaliação da conformidade dos projetos básicos do sistema de transmissão do Madeira aos requisitos dos editais de licitação, fundamental para sua integração ao SIN; as atividades de implantação da Rede de Gerenciamento de Energia do ONS (REGER); a adoção de um ciclo regular de revisão de todos os Procedimentos de Rede com a participação dos Agentes; e o trabalho dos grupos técnicos de análise das condições de suprimento de energia aos principais centros de carga, responsáveis por estudar as ações e providências para a implantação das obras já definidas e das medidas operativas necessárias para assegurar o suprimento a diversos estados da federação, dos quais participam as Secretarias Estaduais de Energia e de Meio Ambiente. Em especial, foi dado um tratamento diferenciado para as instalações consideradas estratégicas, visando a minimizar os efeitos das contingências múltiplas no sistema de transmissão. Todos são projetos de longa duração, que se estendem além das fronteiras do ano civil.

Quanto às atividades finalísticas, enfrentamos desafios específicos, tanto na administração dos recursos disponíveis para atendimento à carga de energia em um ano marcado por condições hidrológicas desfavoráveis, quanto no enfrentamento das perturbações de grande porte verificadas entre setembro e dezembro, que tiveram grande repercussão social. A despeito dessas dificuldades, continuamos coordenando de forma eficiente a operação do SIN e garantindo o suprimento de energia com segurança, ao menor custo.

Gostaria de destacar o envolvimento da equipe técnica do ONS na preparação para a entrada em operação da interligação Tucuruí-Macapá-Manaus, que permitirá uma sensível redução nos custos de geração térmica na região Norte, além de oferecer aos milhares de consumidores das áreas que serão interligadas os mesmos padrões de garantia de suprimento a que têm acesso os demais consumidores do país. Ressalto ainda a efetiva participação da equipe do ONS no trabalho coordenado pelo Conselho de Administração, que analisou os desafios e propostas de aperfeiçoamento dos processos de expansão da geração e transmissão de energia, já apresentado ao MME.

Do ponto de vista corporativo, tiveram continuidade os projetos de mudança do Operador para novas instalações em Florianópolis, no Recife e no Rio de Janeiro. Quanto à gestão de pessoas, foram mantidos os investimentos no aprimoramento da capacitação técnica e no desenvolvimento humano, abrindo espaço para a sua participação na definição das iniciativas que afetam sua vida profissional e pessoal, visando à sustentabilidade da organização. Dentre esses projetos, destaco em 2012 a redefinição dos valores organizacionais, a revisão estrutural do Plano de Gestão de Cargos e Remuneração, a implantação do Programa Trajetórias de Carreira e o início do estabelecimento do Modelo de Gestor.

Às instituições que participam da gestão do setor elétrico brasileiro, às pessoas que as integram e ao nosso quadro de colaboradores, nosso agradecimento, em nome da Diretoria do ONS.

Hermes Chipp
Diretor Geral

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