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Estudos Pré-operacionais do Complexo do Rio Madeira

A plena utilização dos 3.150 MW de capacidade do 1º Bipolo de corrente contínua do Madeira estava prevista para o início de 2014, com a finalização dos testes dos Generator Station Coordinators (GSC), equipamentos responsáveis pela transmissão de informações das usinas ao Controle Mestre. Entretanto, as altas vazões verificadas na bacia do Rio Madeira nos primeiros meses do ano provocaram a elevação do nível a jusante da usina de Santo Antônio, levando ao desligamento de toda a usina. Nesse período, a geração do Complexo do Madeira foi utilizada para atendimento aos estados do Acre e Rondônia, através do transformador provisório 500/230 kV – 465  MVA.

Os testes do GSC, bem como da operação do sistema de corrente contínua do 1° Bipolo e da estação de conversora back-to-back com um bloco, foram finalizados após o período de altas vazões no Rio  Madeira.

Foram realizados estudos especiais, sob o enfoque de proteção e controle, que permitiram elevar a potência transmitida pelo Bipolo 1 e pela conversora back-to- back, mantendo a segurança sistêmica e possibilitando a utilização da capacidade de transmissão de 3.550 MW.

No final do ano de 2014, já era possível contar com trinta e duas unidades na usina de Santo Antônio e vinte unidades na de Jirau, disponibilizando para o SIN cerca de 3.450 MW.

Com o aumento do número de unidades geradoras em Santo Antônio e Jirau e a implantação dos Generator Station Coordinators (GSC), foi preciso avaliar o desempenho das instalações e a necessidade de realizar adequações nos sistemas de proteção e controle, de forma a explorar toda a capacidade de transmissão do Bipolo 1 e do  back-to-back.

A entrada em operação do sistema de escoamento da potência transmitida pelos dois bipolos de CC entre Porto Velho e Araraquara exigiu diversas ações do ONS de modo a viabilizar a realização dos testes necessários à integração das instalações de transmissão, aproveitando ao máximo a geração disponível nas usinas do Madeira.

Um dos principais desafios foi viabilizar a transmissão da energia proveniente do Complexo do Madeira com o sistema receptor planejado incompleto na região Sudeste, onde destaca-se o atraso da entrada em operação das LT 500 kV Araraquara 2 – Taubaté, que poderia levar a restrições ao escoamento dessa energia. Entretanto, foram realizadas ações complementares de controle e proteção sistêmica para viabilizar o aumento das capacidades operativas dos dois circuitos da LT 440 kV Araraquara – Araraquara 2 e da LT 500 kV Araraquara –

 

Araraquara 2, sendo eliminadas em 2014, as restrições na transferência de energia das usinas de Santo Antônio e  Jirau.

Em virtude das diversas configurações do sistema de corrente contínua do Bipolo 1 e da conversora back-to-back, da operação com elevadas e baixas vazões no rio Madeira e dos diversos atrasos na conclusão dos empreendimentos planejados, a integração e operação desse sistema de transmissão tem se constituído em um grande desafio para o Operador e para todos os Agentes envolvidos.

 

 

Resultados Técnicos em 2014

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