Instalações Estratégicas

O conceito de instalações estratégicas abrange as usinas, subestações e troncos de transmissão que, caso sejam desligados por problemas elétricos ou destruídos/avariados por outros motivos, a interrupção de seus serviços pode levar à ocorrência de perda de grandes blocos de geração e até mesmo blecautes, causando grande impacto para a sociedade.

A identificação das instalações estratégicas permite adotar medidas visando:

  • Preparar o SIN para fazer face à perda total/parcial da instalação, provocada por contingências múltiplas, bem como analisar e propor eventuais melhorias que venham a fortalecer a segurança intrínseca das instalações.
  • Permitir a adoção de medidas preventivas e/ou corretivas, quando de possíveis ameaças, de modo a garantir a continuidade dos serviços, mesmo em situações de crise.

A partir do conhecimento das instalações estratégicas, o ONS, com a participação dos agentes envolvidos, iniciou em 2012 e continuou ao longo de 2013 as seguintes ações:

  • Identificação do conjunto de subestações assistidas.
  • Aprimoramento das informações sobre as condições meteorológicas ambientais (chuvas, direção e sentido de vendavais, descargas atmosféricas, temperatura do ar, pressão atmosférica) e queimadas, disponíveis nos centros de controle, no sentido de preparar o SIN para eventuais contingências múltiplas.
  • Interação com a área de planejamento da expansão para a definição de reforços que minimizem as consequências de determinadas perdas múltiplas.
  • Implantação de novos Sistemas Especiais de Proteção (SEPs).
  • Melhoria de projeto de novos SEPs no sentido de minimizar atuações acidentais ou incorretas dos mesmos.
  • Adoção de critérios mais conservadores quando forem realizados serviços de manutenção nessas instalações.
  • Adoção de critérios especiais para os testes dos dispositivos de black-start das unidades geradoras.

Após o trabalho de identificação realizado em 2012, foi desenvolvida em 2013 a análise das condições das subestações no sentido de identificar possíveis alterações para sua melhoria intrínseca, minimizando as consequências dos grandes distúrbios por meio de ações que propiciem:

  • Minimizar o risco de falha humana na operação e na manutenção.
  • Prover proteção, automação, controle, monitoramento e supervisão de acordo com os Procedimentos de Rede, os quais poderão ser excedidos sempre que as peculiaridades das instalações o exigirem.

Para atender ao estabelecido na Portaria MME nº 43, de 04 de fevereiro de 2013, foi criado um grupo de trabalho formado por representantes do MME, Aneel, EPE, ONS e Cepel.

O trabalho desse grupo resultou na análise de 115 subestações estratégicas, sendo identificadas medidas para melhorar sua segurança intrínseca, como complementação de arranjo. Posteriormente, foi acordada com o MME a extensão da análise, considerando as subestações complementares da região Sudeste (foram analisadas 87 subestações, com propostas de melhorias para 43); e as subestações complementares da região Norte/Centro-Oeste (foram analisadas 63 subestações, com propostas de melhorias para 23). Os trabalhos relativos às regiões Nordeste e Sul serão concluídos em 2014.

  • © 2012 ONS - Todos os direitos reservados