O projeto do Complexo do Rio Madeira incorporou novas tecnologias, tanto na geração, com a utilização de turbinas do tipo bulbo, como nas estações conversoras Back-to-Back, que empregam a tecnologia CCC (Capacitor Commutated Converter).
Em novembro de 2013, entrou em operação o primeiro bipolo de corrente contínua em ± 600 kV da conversora Porto Velho para a subestação Araraquara 2, dando início ao escoamento da energia gerada nas usinas de Santo Antônio e Jirau direto ao estado de São Paulo. Entretanto, esta primeira etapa de integração do primeiro bipolo foi caracterizada por um número reduzido de unidades geradoras nas usinas de Santo Antônio e Jirau, bem como pela indisponibilidade do Controle Mestre, equipamento responsável por garantir a integridade dos equipamentos e a segurança do sistema. Essa indisponibilidade foi causada pelo atraso na implantação dos Generator Station Coordinators (GSC), equipamentos responsáveis pela transmissão de informações das usinas ao Controle Mestre.
Essa configuração intermediária impôs limitações de potência no bipolo, viabilizando a operação monopolar com retorno metálico e apenas um filtro de 263 Mvar na subestação Coletora de Porto Velho 500 kV, limitando o fluxo máximo no sistema de corrente contínua em 700 MW.
O cronograma de entrada em operação do sistema de escoamento da potência transmitida pelos dois bipolos de CC entre Porto Velho e Araraquara sofreu um grande atraso, o que exigiu diversas ações do ONS de modo a minimizar as possíveis limitações. O principal desafio é a concepção de ações complementares de controle e proteção sistêmica, que considerem as características particulares do sistema.