Interligação Tucuruí-Macapá-Manaus

O estado do Amazonas foi integrado ao SIN em julho de 2013, por um sistema de transmissão em 500 kV em circuito duplo de mesma torre, pela margem esquerda do rio Amazonas. Com cerca de 1.400 km de extensão, parte da subestação de Tucuruí, passa por três subestações intermediárias de 500 kV nas proximidades de Xingu, Jurupari e Oriximiná, no estado do Pará, e pela subestação de Silves, já no Amazonas.

Com a entrada em operação dessa interligação, estava prevista a desativação de grande parte do parque térmico a óleo combustível de Manaus. Porém, em função dos atrasos nas obras de 230 kV e 138 kV, o sistema elétrico de Manaus foi integrado por meio de uma configuração provisória, que obriga a operar com intercâmbios reduzidos e a manter todo o parque térmico em funcionamento.

O sistema elétrico do Amapá continua isolado do SIN devido a atrasos em obras dos sistemas receptores, com previsão de operação em setembro de 2014.

As diferentes configurações que existirão em 2014 em consequência desses atrasos demandarão estudos complementares para se definir medidas operativas que reduzam os riscos de corte de carga tanto para Manaus como para Macapá, em uma eventual perda da interligação. Foi também necessário estabelecer os montantes de geração térmica que deverão permanecer em funcionamento durante essa operação provisória, para reduzir os impactos de contingências no sistema.

Devido às incertezas inerentes ao desempenho de um sistema de 1.400 km de linhas de transmissão em circuito duplo, com boa parte sobre a Floresta Amazônica e com extensas travessias de rios, foi necessário definir um Esquema Regional de Alívio de Carga (Erac), concomitante com um despacho de geração térmica, como forma de atenuar as consequências de eventuais perdas dessa interligação. Assim, será possível proporcionar maior segurança e confiabilidade para Manaus, que é uma das cidades-sede da Copa do Mundo Fifa 2014.

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