Mensagem do Diretor Geral

Mudanças físicas e conceituais

Mais uma vez, tivemos um ano de intenso trabalho e resultados gratificantes, que mantêm o Operador na trajetória de sucesso que tem marcado seus 15 anos de existência.

Um dos fatores essenciais para alcançar esses resultados foi a proveitosa colaboração de todas as instituições responsáveis pela gestão do setor elétrico: o Ministério de Minas e Energia, a Agência Nacional de Energia Elétrica e as demais agências reguladoras, a Empresa de Pesquisa Energética, a Câmara de Comercialização de Energia Elétrica, as Secretarias Estaduais de Energia, cada um dos 321 agentes associados e as associações que os representam.

A integração interna também foi um elemento chave para o enfrentamento dos desafios, que foram superados com a dedicação permanente e o comprometimento pessoal de cada componente da equipe técnica do ONS.

Tiveram continuidade em 2013 os projetos que preparam o sistema para que nossa missão possa ser desempenhada com maior efetividade no futuro. Destaco entre eles a análise das condições de suprimento às cidades-sede da Copa do Mundo de Futebol de 2014; os estudos e medidas operativas necessárias para a integração ao SIN do Complexo do Rio Madeira e do sistema de transmissão a ele associado; as atividades de implantação da Rede de Gerenciamento de Energia do ONS (REGER); a conclusão do processo de revisão e encaminhamento à ANEEL das novas versões de 143 submódulos dos Procedimentos de Rede, com a participação dos Agentes e Associações; e a continuidade do trabalho dos grupos técnicos de análise das condições de suprimento de energia a diversos estados da federação, dos quais participam as Secretarias Estaduais de Energia e de Meio Ambiente. Em especial, foi dado um tratamento diferenciado para as instalações consideradas estratégicas, visando a minimizar os efeitos das contingências múltiplas no sistema de transmissão. Todos são projetos de longa duração, que trarão benefícios significativos no futuro.

Quanto às atividades finalísticas, enfrentamos um grande desafio na administração dos recursos disponíveis para atendimento à carga de energia em um ano marcado por condições hidrológicas desfavoráveis e pela necessidade de despacho térmico elevado. Contribuiu para o equacionamento desse problema a evolução metodológica representada pela introdução do mecanismo de Valor Condicionado ao Risco (CVaR) nos modelos de otimização utilizados no planejamento da operação energética.  A integração do estado do Amazonas em julho de 2013 e as medidas operativas necessárias para mitigar os riscos de cortes de carga em função dos atrasos das obras dos sistemas receptores também foram pontos de destaque. Na operação do sistema, os dois grandes eventos internacionais que tivemos em 2013 – a Copa das Confederações FIFA 2013 e a Jornada Mundial da Juventude – transcorreram sem problemas, com o sucesso das medidas implantadas para prover grau adicional de segurança à operação elétrica do SIN nas cidades envolvidas nesses eventos.

Do ponto de vista corporativo, o grande destaque do ano foi a mudança para as novas instalações em Florianópolis, no Recife e no Rio de Janeiro. Construída para atender as necessidades específicas do Operador e certificada para o atendimento das exigências do US Green Building Council, a nova infraestrutura predial foi testada para a operação normal e em situações de contingência, de modo a assegurar a continuidade dos serviços. O início do funcionamento dos novos prédios ocorreu em junho em Florianópolis, em julho no Recife, e em setembro no Rio de Janeiro.

Essa mudança representa a concretização de um sonho antigo, para o que foi fundamental o apoio do nosso Conselho de Administração. Para os colaboradores do ONS, ela significa melhores condições de trabalho, padronização de ambientes e uma grande oportunidade para aumentar a integração interna. Para a organização, representa o fortalecimento da identidade corporativa e assegura maior visibilidade perante a sociedade.
Naturalmente, tiveram continuidade durante o ano os investimentos no aprimoramento da capacitação técnica e no desenvolvimento humano, valorizando os profissionais que empregam seu conhecimento e dedicação no exercício de nossas responsabilidades institucionais, visando à sustentabilidade da organização. A todos e a cada um gostaria de agradecer por sua contribuição aos resultados aqui apresentados.

Por fim, em nome da Diretoria do ONS, agradeço às instituições que participam da gestão do setor elétrico brasileiro e às pessoas que as integram pela cooperação em prol das melhores soluções para a sociedade.

Hermes Chipp
Diretor Geral

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