O ONS deu início em 2009 ao processo de mudança de suas instalações no Rio de Janeiro, em Recife e em Florianópolis, considerando projeções sobre o seu futuro e estimativas de crescimento para o horizonte de 2020. Como ponto de partida, foi feito um detalhado estudo da estrutura disponível nos prédios atuais e realizadas diversas reuniões de planejamento para a elaboração e validação de um plano de necessidades da organização.
Os locais das novas instalações foram escolhidos: o bairro da Cidade Nova, no Rio de Janeiro, o bairro de Santo Amaro, em Recife, e o complexo Office Park, em Florianópolis. Os prédios estão em construção segundo contratos de locação que o ONS assinou com seus proprietários-empreendedores.
As novas instalações abrigarão ambientes de estudos, no Escritório Central e nos Núcleos Regionais, e ambientes operativos, nos Centros Regionais de Operação, o que impõe requisitos especiais de redundância e confiabilidade para assegurar condições adequadas de funcionamento. Os prédios serão construídos com a utilização de ambientes ecologicamente corretos, reduzindo o impacto no meio ambiente, sendo conferida aos prédios a certificação de green building, na categoria básica. Práticas de eficiência energética e de reutilização de água também contribuirão para a redução dos custos de operação e manutenção, em prol da modicidade tarifária.
As contratações foram realizadas na modalidade built to suit, uma forma de contratação cujas cláusulas envolvem peculiaridades técnicas, jurídicas e negociais. Essas transações são regidas por Contratos de Locação Atípica (CLA), que têm como anexo um Memorial Descritivo em que estão estabelecidos os detalhes do fornecimento básico, adequados às necessidades do Operador. Complementando o fornecimento básico, o ONS necessita para seu funcionamento que vários outros requisitos sejam atendidos, denominados itens de enxoval. Qualitativamente, esses itens são bastante semelhantes para cada um dos três novos prédios.
Levando em conta a importância de que o ONS cumpra as responsabilidades contratuais assumidas, assegure a aderência do fornecimento ao que foi contratado e tenha todos os seus requisitos atendidos, tanto no fornecimento básico quanto nos itens do enxoval, foram realizadas contratações de serviços adicionais, uma vez que o Operador não dispõe em seus quadros do conhecimento específico nesse assunto.
Para a gestão da implantação das novas instalações nas três localidades foi estabelecido um modelo de assessoramento que incluiu a identificação da estrutura de suporte para o acompanhamento e controle dos eventos e etapas contratuais para a construção dos prédios, execução dos itens especiais de infraestrutura, gestão da mudança física para os novos prédios e devolução dos prédios atualmente ocupados aos seus proprietários. Essa estrutura compreende três funções específicas: o Gestor do Fornecimento do Enxoval, o próprio empreendedor de cada prédio, evitando diluição de responsabilidades; o Gestor do Comissionamento, responsável pela análise técnica e econômica das obras e pelo aceite das instalações; e o Project Manager Officer (PMO), assessorando ao ONS na gestão global dos processos.
Os prédios foram concebidos observando a horizontalidade dos espaços de escritórios, privilegiando a integração dos grupos de trabalho e a funcionalidade, com o apoio de infraestrutura direcionada à eficiência energética e sustentabilidade, aliadas ao conforto dos usuários.
A eficiência energética será garantida pelos revestimentos de fachadas, sistemas de ar condicionado com modernos chillers, insuflamento pelo piso elevado e controle local de temperatura e umidade, sistemas de iluminação dimerizados e com lâmpadas de alto rendimento (led), elevadores automáticos e com controle de chamadas. Estas facilidades estão alinhadas com a certificação green building, alcançada por projetos especializados, sem aumento de custos de investimento.
O objetivo de sustentabilidade será alcançado por meio de sistemas que resultam em economia de energia elétrica e reutilização de água.
Uma vez que em todas as localidades as instalações incluirão ambientes de escritório e ambientes operativos, as novas instalações terão funcionalidades comuns e dimensões diversas, em função do número de empregados em cada localidade.
Estes atributos irão garantir custos futuros de O&M, por área ocupada, bem abaixo dos atuais. Também contribui para essa redução de custos o fato de que toda a infraestrutura necessária para suportar as funcionalidades que serão instaladas nos prédios, independentemente de suas datas de implantação, já está sendo considerada desde o início do projeto, com o objetivo de evitar retrabalho.
O Plano de Ocupação privilegia a continuidade do funcionamento das atividades finalísticas do ONS e, por conta disso, a infraestrutura predial foi projetada dentro do critério de dualidade e confiabilidade da norma internacional Uptime, no nível TIER III, seguindo práticas adotadas internacionalmente em instalações de operadores de sistemas.
Em dezembro de 2011 no prédio do Rio de Janeiro 70% da etapa de infraestrutura já havia sido implantada. Nos prédios de Florianópolis e de Recife, na mesma ocasião, já estavam sendo instalados os acabamentos elétricos, hidráulicos e de ar condicionado e finalizadas as obras civis e acabamentos. Os prédios de Recife e Florianópolis deverão estar disponíveis para ocupação no final de 2012. O prédio do Rio de Janeiro deverá ter sua ocupação iniciada no primeiro semestre de 2013.