Para uma adequada e abrangente visualização das múltiplas atividades em que o Operador Nacional do Sistema Elétrico – ONS esteve envolvido em 2009, com a devida licença para o uso da analogia, seria necessário utilizar uma lente com zoom variável.

Abrindo-a, podemos enfocar o relacionamento internacional do ONS, em seu esforço para a formalização da instituição do Very Large Power Grid Operators - VLPGO, que culminou com a aprovação de seu estatuto neste ano, bem como os avanços alcançados em relação a seus principais desafios técnicos: a preparação de uma especificação sobre unidades de medição fasorial (PMU), a integração de fontes renováveis complementares, a operação de sistemas de alta tensão em corrente contínua (HVDC) e a descrição das melhores práticas mundiais de recomposição.

Fechando um pouco a lente, podemos visualizar o importante papel do Operador na integração eletroenergética com os países vizinhos, utilizando recursos do SIN para suprir necessidades dos sistemas do Uruguai e Argentina.

Limitando ainda mais o alcance da lente, e ajustando-a às fronteiras do SIN, destacam-se  o adequado cumprimento das funções institucionais do Operador, com neutralidade e transparência, e o aprimoramento do relacionamento com os Agentes Associados da organização. Destacam-se em 2009 as duas realizações do Encontro com Agentes e Associações, em 8 de junho e 7 de outubro, com significativa presença do público-alvo. Na primeira, diversos assuntos técnicos e de gestão foram compartilhados com os participantes. No segundo encontro, o objetivo foi identificar, sob a ótica dos agentes e associações, quais os principais desafios do Operador para os próximos cinco anos, de modo que fossem considerados no planejamento estratégico para o horizonte 2010-2014.

Finalmente, fechando o zoom nos limites da organização, tomam foco as ações para o aprimoramento dos processos técnicos e para a gestão de pessoas, buscando atrair, reter e desenvolver os profissionais de seu quadro próprio. Cabe aqui destacar o trabalho desenvolvido pelo Conselho de Administração, que, com sua formação equilibrada e representativa dos Agentes Associados da organização, dedicou-se em 2009 à análise dos indicadores corporativos de gestão e ao estudo das melhores soluções para a ocupação pelo ONS de instalações físicas mais adequadas e padronizadas no Rio de Janeiro, em Florianópolis e no Recife.

Mesmo reconhecendo que nem com o recurso à analogia podemos antever o futuro, nossa expectativa é de que, contando com a competência da equipe técnica do Operador e com a experiência de sua Diretoria, os novos desafios decorrentes do aumento da complexidade da operação integrada do SIN sejam enfrentados e superados com o mesmo sucesso que tem marcado a trajetória do Operador.

Maurício Stolle Bähr
Presidente do Conselho de Administração do ONS