Chegamos ao fim de mais um ano de muito trabalho, em que o cumprimento das atribuições institucionais exigiu a permanente dedicação da equipe técnica do Operador e o intenso relacionamento com todas as instituições que participam da gestão do setor elétrico brasileiro.
Todas as atenções foram direcionadas para as condições de suprimento no curto prazo. Enfrentamos um grande desafio na administração da escassez de recursos disponíveis para atendimento à carga de energia, em um ano marcado por condições hidrológicas adversas nas bacias hidrográficas onde se localizam os reservatórios mais importantes. Ao mesmo tempo, buscamos assegurar a plena disponibilidade do parque termelétrico existente e utilizamos a rede de transmissão para o intercâmbio de grandes blocos de energia das Regiões Sul e Norte para o Sudeste/Centro-Oeste e Nordeste, com segurança.
Uma menção especial deve ser feita à necessidade de flexibilização das restrições hidráulicas do sistema para fazer frente à crise hídrica e assegurar condições operativas do parque hidrelétrico. As decisões tomadas envolveram o Ministério de Minas e Energia, o Ministério do Meio Ambiente, o IBAMA, o Ministério da Integração Nacional, as Agências Reguladoras ANEEL e ANA, e os agentes envolvidos, além do Operador. Em alguns casos, a priorização do uso dos recursos hídricos para geração hidrelétrica levou a questões judiciais, exigindo um grande esforço de esclarecimento do Operador perante as autoridades.
Na operação do sistema, o grande evento internacional que tivemos neste ano – a Copa do Mundo de Futebol FIFA 2014 – transcorreu sem problemas, com o sucesso das medidas implantadas para prover grau adicional de segurança à operação elétrica do SIN nas cidades-sede.
Tiveram continuidade em 2014 os projetos de longa duração, que preparam o Operador para que sua missão possa ser desempenhada com maior efetividade no futuro. Destaco entre eles os estudos e medidas operativas necessários para a utilização da plena capacidade de transmissão do sistema associado ao complexo do Rio Madeira, nas diferentes etapas de seu processo de integração ao SIN; a conclusão das atividades de implantação da Fase 1 da Rede de Gerenciamento de Energia do ONS (Reger); e o tratamento diferenciado das instalações consideradas estratégicas, visando minimizar os efeitos das contingências múltiplas no sistema de transmissão.
Quero registrar meu agradecimento e reconhecimento de que um dos fatores essenciais para alcançar esses resultados foi a proveitosa colaboração de todas as instituições responsáveis pela gestão do setor elétrico: o Ministério de Minas e Energia, a Agência Nacional de Energia Elétrica e as demais Agências Reguladoras, a Empresa de Pesquisa Energética, a Câmara de Comercialização de Energia Elétrica, as Secretarias Estaduais de Energia, cada um dos 360 Agentes Associados e as Associações que os representam.
No campo corporativo, continuamos investindo e acreditando na valorização do conhecimento técnico, no aprimoramento da capacitação para o trabalho em equipe e no desenvolvimento humano como formas de assegurar a sustentabilidade do Operador.
Por fim, em nome da Diretoria do ONS, agradeço a todos que compõem o ONS, certo de que a integração interna é, e continuará sendo, um diferencial importante para os resultados de nossa organização.
Hermes Chipp
Diretor Geral