A+ A-
Voltar para o menu
Anterior
Próxima
Imprimir
7.3Metodologia para propagação hidrológica
7.3.1 Método de Muskingum

Para a representação da propagação das vazões diárias em alguns trechos de rios da bacia do rio Paraíba do Sul, utilizou-se, nos estudos, o método de Muskingum.

O método de Muskingum combina a equação da continuidade a uma equação simplificada, que relaciona o armazenamento em um trecho de rio às vazões de entrada e saída do trecho.

A equação da continuidade de um trecho de rio:

É aproximada em diferenças finitas como:

Em que S é o volume armazenado no trecho; I é a vazão de entrada; Q é a vazão de saída.

O método está baseado em uma relação entre a vazão e o armazenamento, em que a vazão do trecho é representada por uma ponderação entre a vazão de entrada e saída:

Sendo:

Combinando as equações 12 e 13, a vazão de saída de um trecho de rio ao final de um intervalo de tempo Δt pode ser relacionada às vazões de entrada e saída no início do intervalo de tempo (Qt e It) e à vazão de entrada ao final do intervalo de tempo (t+Δt), como mostra a equação seguinte:

Em que:

Sendo que C0 + C1 + C2 = 1.

Para minimizar a possibilidade de erros, os valores de K e X devem ser escolhidos, de tal forma, a satisfazer o seguinte critério:

7.3.2 Translação

Para a maioria dos trechos considerados nos estudos, foi adotada uma forma simplificada de se considerar a propagação de vazões, que consiste apenas da translação ou defasagem do hidrograma afluente. A onda se propaga com uma dada velocidade de translação, permitindo a definição de um tempo de retardamento – ∆t –, correspondente ao tempo necessário para percorrer o segmento do corpo d'água.

Essa simplificação, como se sabe, ignora os termos de amortecimento e de difusão dos hidrogramas afluentes a cada trecho, adotando um tempo de viagem constante para todas as faixas de vazão.

Foram estimados os tempos de defasagem em condições naturais e após a entrada do reservatório para cada local de aproveitamento.