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8.3Análise de consistência dos dados fluviométricos
Bacia do rio Tietê

Seleção das estações fluviométricas utilizadas no projeto

A partir dos dados coletados dos postos fluviométricos previamente escolhidos, foram selecionadas, com base na disponibilidade de leituras de réguas e de medições de descarga líquida, as 23 estações relacionadas na Tabela 8.3.

Tabela 8.3 - Estações fluviométricas selecionadas para a bacia do rio Tietê

Estabelecimento das curvas-chave

Para os postos fluviométricos do DAEE, de forma geral, foram adotadas as relações cota x descarga fornecidas, uma vez que estavam bem ajustadas às medições de descargas líquidas. No entanto, nas estações de Carioba 4D-010R (62695000), Artemis 4D-007 (62715000), Ponte Nova 3E-048 (62085000), Aços Anhanguera 3E-036R (62110000) e Porto João Passos (62805000), foi necessária a realização de novos ajustes para alguns períodos e/ou trechos das correspondentes curvas-chave.

Para os postos fluviométricos da AES-Tietê foram adotadas as relações cota x descarga fornecidas, uma vez que estão bem ajustadas às medições de descargas líquidas. Entretanto, as relações cota x descarga dos postos fluviométricos da AES-Tietê foram obtidas a partir das séries de cotas e vazões médias diárias, uma vez que não foram disponibilizadas as tabelas de calibragem ou equações. Dessa forma, foram mantidas as relações cota x descarga, mas foram obtidas as respectivas equações matemáticas.

No caso particular do posto fluviométrico Carioba-CAI (62695001) da AES-Tietê, no rio Piracicaba, a relação cota x descarga sugerida pela AES-Tietê apresenta uma forma que afasta-se da realidade física para cotas superiores a 800cm, embora ajustada a algumas medições de descarga líquida. Além disso, a relação cota x descarga não apresenta um ajuste adequado para as medições de descarga a partir de junho de 2001. Essas análises resultaram na opção por determinar duas novas relações cota x descarga para esse posto fluviométrico.

As relações cota x descarga dos postos fluviométricos da ANA foram obtidas das tabelas de calibragem publicadas nos boletins de dados fluviométricos do DNAEE. A principal razão do ajuste de novas relações cota x descarga é a praticidade da utilização de equações matemáticas em substituição às tabelas de calibragem. Para as estações de Piracicaba (62707000), Tietê (62410000), Pio Prado (62870000) e Lussanvira (62885000), foi necessária a realização de novos ajustes para alguns períodos e/ou trechos das correspondentes curvas-chave. Para as estações de Biritiba–Mirim (62087000), Usina Salesópolis (62070000), Ermelindo Matarazzo (62160000) e Casa Grande (62075000), foram ajustadas relações cota x descarga para os períodos que não possuíam tabelas de calibragem definidas nos boletins de dados fluviométricos do DNAEE.

Séries fluviométricas consistidas nas estações fluviométricas selecionadas

O processo de análise de consistência resultou na revisão de alguns erros de digitação ou observação, na revisão de algumas relações cota x descarga, na identificação de períodos de inconsistência das relações cota x descarga e na identificação de períodos de inconsistência nas séries de cotas e de vazões médias diárias. Dentre as inconsistências identificadas destacam-se:

Embora tenham sido adotados procedimentos técnicos fundamentados para a correção das inconsistências identificadas, persistiram algumas incoerências entre os valores das vazões dos postos fluviométricos do Baixo Tietê, denominados Porto Pio Prado e Lussanvira, entre 1971 e 1977. Essas inconsistências indicam vazões médias mensais em Porto Pio Prado ligeiramente superiores àquelas de Lussanvira. No entanto, essas diferenças ocorrem para vazões de diferentes magnitudes, o que não permite identificar problemas de ajuste nas relações cota x descarga dos mencionados postos fluviométricos.

Os hidrogramas e as curvas de permanência das vazões normalizadas médias diárias nos postos fluviométricos demonstraram a consistência das séries obtidas.

As eventuais inconsistências que persistiram apresentam desvios da ordem de magnitude da precisão das vazões médias diárias nos postos fluviométricos.