Características fisiográficas e climáticas
A bacia do rio Grande está localizada ao sul do Estado de Minas Gerais e ao norte de São Paulo, entre as latitudes 19° 30' e 22° 30' Sul e longitudes 43º 30' e 51° 00' Oeste.
A bacia ocupa uma área total de 139.437km2 até a UHE Água Vermelha, dos quais cerca de 60% encontram-se em território mineiro, e o restante, no Estado de São Paulo.
O rio Grande, após percorrer cerca de 1.300km, junta-se ao rio Paranaíba, formando, então, o rio Paraná.
Seus principais afluentes, pela margem esquerda, são os rios Aiuruoca, Ingaí, Capivari, do Cervo, do Peixe, Sapucaí, São João, Sapucaí Paulista, Pardo e Turvo e, pela margem direita, os rios das Mortes, Jacaré, Uberaba e Verde ou Feio.
A precipitação média anual na bacia do rio Grande varia em torno de 1.500mm, exceto em algumas regiões da Serra da Mantiqueira, onde pode ultrapassar 3.000mm.
A região tem uma estação chuvosa no verão, estendendo-se de outubro a março, quando ocorre cerca de 80% do total precipitado sobre a bacia. A estação seca é definida pelos meses de junho, julho e agosto, no inverno. Os meses de abril, maio e setembro são considerados meses de transição entre as estações seca e chuvosa.
Características dos aproveitamentos hidroelétricos implantados na bacia
Desde a década de 50, o potencial hidroenergético do rio Grande vem sendo explorado. A primeira usina implantada em seu curso foi a UHE Itutinga cujo início de operação data de 1955. Em 2002, entra em operação a UHE Funil, última grande usina implantada na bacia do rio Grande. Nesse intervalo outras usinas foram implantadas na bacia.
A Tabela 6.3, a seguir, lista os principais aproveitamentos da bacia do rio Grande considerados no atual estudo.
