Destaque de 2015
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Destaque de 2015
Análise do Congestionamento na Interligação Norte-Sul
O sistema elétrico brasileiro passa por uma importante mudança de paradigma em sua matriz de energia elétrica, com a evolução crescente da participação de fontes renováveis intermitentes e inflexíveis, como as usinas a fio d’água da Amazônia, as usinas eólicas e,em futuro próximo, as usinas solares, além da perda gradual da sua capacidade de regularização.
Nos próximos anos, com a forte concentração de oferta inflexível nas regiões Norte e Nordeste, principalmente na estação chuvosa do SIN, limitações de transmissão nas interligações poderão impedir a transferência dos excedentes energéticos daquelas regiões para as regiões Sudeste/Centro-Oeste e Sul, necessária para a otimização do sistema.
No Plano da Operação Energética 2015/2019 (PEN 2015) foi avaliado o grau de congestionamento da interligação entre o Norte/Nordeste e o Sudeste/Centro-Oeste, indicando a necessidade de se avaliar a viabilidade de reforços na capacidade de intercâmbio entre esses sistemas. Esta avaliação subsidiou a elaboração de artigo contemplado com menção honrosa no
XXIII SNPTEE.
Validação e Implementação da Metodologia de Reservatórios Equivalentes de Energia - REE
O modelo estratégico NEWAVE, até a versão 20 de seu programa computacional, não permitia a representação explícita de bacias hidrográficas com comportamentos hidrológicos distintos em um mesmo subsistema de energia elétrica, uma vez que a cada subsistema era associado apenas um reservatório equivalente de energia.
Para uma melhor representação do sistema de geração, foi implementada uma extensão da abordagem tradicional, na qual se permite que um subsistema possa incluir diversas bacias hidrográficas com comportamentos hidrológicos próprios. Desse modo, é mantida a atual representação dos subsistemas do SIN, de modo que cada um deles possa ter diversos Reservatórios Equivalentes de Energia (REE).
Ao se representar a topologia do SIN com um número maior de REEs, é possível considerar mais detalhadamente as restrições físicas, como por exemplo, as capacidades de turbinamento e armazenamento, além de explicitar a distribuição espacial das afluências dos REEs de um mesmo subsistema e permitir que o comportamento hidrológico seja representado de forma mais acurada.
Suprimento durante os Jogos Olímpicos de 2016
Como coordenador da Força Tarefa Olimpíadas 2016, o ONS realizou em 2015 estudos e análises para identificar as ações necessárias para garantir o suprimento de energia elétrica à cidade-sede do Rio de Janeiro e às cidades que serão sedes de jogos de futebol, observando padrões de segurança diferenciados, atendendo à Resolução CMSE 001/2005 e aos critérios do Comitê Olímpico Internacional – COI.
Essas análises identificaram as ações necessárias – geração térmica adicional, restrições energéticas e ajustes e/ou novos Sistemas Especiais de Proteção (SEP) – para o Rio de Janeiro e demais cidades-sede, para que tenham suas cargas principais preservadas em situações adversas, e para garantir desempenho diferenciado em situações de perdas duplas.
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