Relatório da administração e as demonstrações financeiras

A Operação do SIN

Atividades de preparação da operação

Em 2015, com o objetivo de aprimorar os recursos de suporte à operação em tempo real, foram introduzidas melhorias na estrutura e diagramação dos documentos normativos, que permitiram minimizar os riscos de falhas e agilizar as consultas aos mais de mil documentos disponíveis para consulta em monitores nas Salas de Controle. Foram realizadas cerca de 2.500 revisões em diretrizes, procedimentos e instruções de operação. A integração de novas obras ao SIN motivou o aumento no número de documentos normativos, em especial a agregação de 78 parques eólicos na região Nordeste e 26 na região Sul, os quais agregaram 2.626 MW à capacidade instalada do SIN.

Os Centros de Operação do ONS também emitiram 116 pareceres técnicos, como parte dos pareceres de acesso para a integração de novas obras ao SIN.

Ao longo do ano, os Centros de Operação trataram de mais de 54.000 intervenções na Rede de Operação, motivadas pelas medidas operativas associadas à continuidade da crise hídrica, pela realização dos testes para a integração plena do elo de corrente contínua do complexo do Madeira, e pelos testes de comprovação da capacidade das usinas de autorrestabelecimento (blackstart), tendo sido todas essas intervenções adequadamente realizadas.

Foram implantados dois novos sistemas computacionais nos Centros de Operação do ONS, com reflexos positivos nos processos de aprovação das intervenções e de análise energética:

  • Sistema de Gestão de Intervenções dos Centros de Operação (SICOP), que dá apoio à consolidação da programação e elaboração do Programa Diário de Operação (PDO);
  • Sistema de Consolidação da Programação Energética, da Operação Comercial, da Operação de Reservatórios e do Controle de Cheias(SIPOCH).

 

Atividades de capacitação da operação em tempo real

O sucesso das atividades da operação em tempo real é altamente dependente do conhecimento especializado e da capacidade de resposta de suas equipes técnicas. Em 2015, o ONS desenvolveu e implantou o Programa Estruturado de Treinamento das Equipes de Tempo Real, voltado especificamente para o desenvolvimento continuado das equipes de tempo real dos Centros de Operação.

Foram realizados três cursos nesse programa, totalizando 512 horas de treinamento, para cerca de 200 colaboradores, nos cinco Centros de Operação do ONS, em Brasília, Florianópolis, Recife e Rio de Janeiro, sem necessidade de deslocamento das equipes, de acordo com a metodologia adotada.

Para o treinamento e capacitação das equipes do ONS e dos diversos agentes envolvidos, foram realizados 26 exercícios de operação simulada (drills), de alcance regional (área RJ/ES, área leste da região NE, área Manaus/Macapá, área Campos Novos) e sistêmico (recomposição Sul/Sudeste e Norte/Nordeste), com a participação de 343 colaboradores.

 

Atividades de pós-operação

As atividades que fazem parte da pós-operação podem ser reunidas em três grandes grupos: análise da operação realizada, apuração e tratamento estatístico de dados, e divulgação de resultados técnicos, conforme detalhado na Tabela 4.

Tabela4 – Atividades inseridas na pós-operação

Nas atividades de análise da operação realizada, foram emitidos ao longo do ano cerca de 500 relatórios, atendendo ao estabelecido nos Procedimentos de Rede, conforme detalhado na Tabela 5.

Tabela5 – Relatórios emitidos em 2015

 

Quanto à apuração e tratamento estatístico de dados e eventos, houve um significativo incremento nos números registrados em 2015, relacionados à expansão do sistema e às novas determinações regulatórias.

Quanto à divulgação de resultados, novos produtos passaram a ser disponibilizados no site do ONS, aumentando as informações divulgadas à sociedade.

Também merecem destaque os relatórios emitidos em atendimento a demandas específicas da ANEEL, tais como os Comunicados de Ocorrências em Instalações de Geração  (COIG), com 513 documentos emitidos no ano, os Termos de Liberação de instalações de transmissão, com 1.240 documentos emitidos  para testes, operação provisória e operação definitiva (REN nº 454/2011), as Declarações de Atendimento aos Procedimentos de Rede para início de operação de unidades geradoras, com 564 documentos emitidos para testes, operação provisória e definitiva (REN nº 583/2013), e o acompanhamento e elaboração de relatórios de testes de autorrestabelecimento em usinas, com 79  documentos emitidos em 2015 (REN nº 697/2015).

Outro destaque de 2015 foi a implantação, planejada e coordenada pelos Centros do ONS, com o envolvimento dos Agentes de Operação, de três novas Resoluções Normativas da ANEEL publicadas nesse ano: REN nº 666/2015, que atualizou diretrizes para contratação, apuração e contabilização dos Montantes de Uso do Sistema de Transmissão; REN 669/2015, que disciplinou a programação e execução de plano mínimo de manutenções pelos agentes de transmissão; e REN 697/2015, que atualizou diretrizes para contratação, acompanhamento e divulgação de informações sobre serviços ancilares. Essas novas regulamentações implicaram revisão de procedimentos operativos para o ONS e Agentes, revisão dos Procedimentos de Rede, revisão de sistemas computacionais e realização de workshops com os agentes.

 

Atividades de Operação e Manutenção dos Sistemas de Supervisão e Controle

Em 2015, foram implementadas novas funcionalidades no desenvolvimento da fase 2 da Rede de Gerenciamento de Energia (REGER), já consolidado como o Sistema de Supervisão e Controle dos Centros de Operação do ONS desde o ano anterior.

Foram agregadas diversas aplicações desenvolvidas para apoio à Operação em Tempo Real e também para suportar as atividades de Pós-Operação, além de outras destinadas ao acompanhamento do desempenho do próprio REGER e suas conexões com os agentes, como por exemplo:

  • Telas de Áreas Elétricas, que permite apresentar uma perturbação ocorrida de forma ilustrativa, com dados dinâmicos, conforme coletados, facilitando o entendimento dos agentes e entidades envolvidas na apuração da ocorrência;
  • Análise de Violações, que permite observar diariamente todos os equipamentos da rede;
  • Monitoramento da Região de Segurança, que permite visualizar de forma gráfica a região de segurança definida para o sistema elétrico, considerando a topologia no momento da operação, reduzindo risco de desligamentos.

Ao longo de 2015, o ONS registrou, em seus Centros Regionais de Operação, o crescimento do número de conexões de dados e voz com os sistemas dos agentes, alcançando o total de 367 conexões, através das quais são monitorados atualmente cerca de 84.000 pontos de medidas analógicas e 155.000 pontos de medidas digitais, correspondentes a cerca de 2.400 instalações do SIN supervisionadas pelo ONS.

 

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