Relatório da administração e as demonstrações financeiras

Instalações Estratégicas

O conceito de instalações estratégicas abrange as usinas, subestações e troncos de transmissão que, caso sejam desligados por problemas elétricos ou destruídos/avariados por outros motivos, a interrupção de seus serviços pode levar à ocorrência de perda de grandes blocos de geração e/ou de carga, causando grande impacto para a sociedade.

A partir do conhecimento das instalações estratégicas, o ONS, desde 2012, com a participação dos agentes envolvidos, vem empreendendo as seguintes ações:

  • Identificação/atualização do conjunto de subestações assistidas.
  • Aprimoramento das informações sobre as condições meteorológicas ambientais (chuvas, direção e sentido de vendavais, descargas atmosféricas, temperatura do ar, pressão atmosférica) e queimadas, disponíveis nos Centros de Operação, no sentido de preparar o SIN para eventuais contingências múltiplas.
  • Interação com a área de planejamento da expansão para a definição de reforços que minimizem as consequências de determinadas perdas múltiplas.
  • Implantação de novos Sistemas Especiais de Proteção (SEPs).
  • Melhoria de projeto de novos SEPs no sentido de minimizar atuações acidentais ou incorretas.
  • Adoção de critérios mais conservadores quando forem realizados serviços de manutenção nessas instalações.
  • Adoção de critérios especiais para os testes dos dispositivos de black-start das unidades geradoras.

 

No sentido de tornar o SIN mais resiliente, foi criado um grupo de trabalho formado por representantes do MME, ANEEL, EPE, ONS e Cepel, sob coordenação técnica do ONS. Os estudos tiveram a participação dos agentes proprietários das instalações. O objetivo era identificar as subestações que necessitavam de complementação de arranjo ou de outras medidas para melhorar a sua segurança intrínseca.

A prevenção contra sequências de eventos capazes de dar origem a perturbações de grande porte envolve a engenharia de subestações,visando:

  • Minimizar o risco de falha humana na operação e na manutenção das instalações;
  • Prover sua proteção, automação, controle, monitoramento e supervisão de acordo com os Procedimentos de Rede, os quais poderão ser excedidos sempre que as peculiaridades das instalações o exigirem.

 

A elaboração do trabalho consistiu na verificação do pleno atendimento aos requisitos estabelecidos no Submódulo 2.3 dos Procedimentos quanto ao arranjo de barramentos:

  • Em subestações com arranjo do tipo barra dupla com disjuntor simples, foi proposta a instalação de proteção de barra adaptativa, conjugada com a proteção de falha de disjuntor;
  • Avaliação da possibilidade de redução dos reflexos das contingências que, eventualmente, possam conduzir a distúrbios de grande porte, como a ocorrência de falha na abertura de disjuntor;
  • Medidas para minimização de riscos através de aperfeiçoamentos relativos aos arranjos de barramento;
  • Possível utilização de tecnologias híbridas, com módulos compactos para vãos dos equipamentos e construção de novos setores utilizando tecnologia a GIS (Gas Insulated Switchgear).

 

Como resultado da análise realizada, foram identificadas as subestações que necessitam de complementação do arranjo ou de outras medidas julgadas necessárias para melhorar a segurança intrínseca das subestações e com isso, o desempenho do Sistema Interligado Nacional como um todo. Foram analisadas 439 instalações de Rede Básica e 13 subestações, que fazem parte da Rede de Operação do ONS.

A Figura 1 apresenta o diagnóstico geral de atendimento aos Procedimentos de Rede, após a execução de todas as melhorias recomendadas.

Figura 1 – Atendimento aos Procedimentos de Rede – Diagnóstico Geral

 

Avaliação do Desempenho dos Sistemas Especiais de Proteção

Os critérios e procedimentos para a execução de testes funcionais nos Sistemas Especiais de Proteção (SEPs) instalados no SIN foram estabelecidos em 2012, visando assegurar o seu desempenho adequado. Entre 2012 e 2014, foram realizados testes em 81 SEPs instalados em diversas áreas do sistema. Em 2015, dando continuidade ao processo, foram realizados mais 11 testes. Para cada ensaio foi gerado um relatório contendo uma breve descrição do sistema, sua finalidade, os testes realizados, as anormalidades eventualmente encontradas, bem como as providências tomadas. Além disso, para consolidar todos os testes realizados no ano anterior, uma Nota Técnica foi publicada pelo ONS em abril/2015

 

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