RIO GRANDE DO SUL
Neste PAR/PEL, destaca-se a indicação da nova SE Erechim 525/138 kV – 2 x 150 MVA, a partir da solicitação de acesso da RGE a 4 ELs no setor de 138 kV
desta subestação, com data de necessidade para janeiro/2029.
A integração da SE Erechim 525/138 kV à Rede Básica, por meio do seccionamento da LT 525 kV Itá – Caxias Norte, e à rede de distribuição, por meio do
seccionamento da LT 138 kV Erechim 1 – Erechim 2 e LT 138 kV Erechim 2 – Tapejara, proporciona uma melhoria significativa no perfil de tensão da região
Norte do Rio Grande do Sul, equacionando subtensões na região de Erechim, principalmente na contingência da LT 230 kV Barra Grande – Lagoa Vermelha 2.
Constata-se uma redistribuição importante de carga entre as SEs 230/138 kV Passo Fundo e Lagoa Vermelha 2, deslocando parte da carga atendida por estas
subestações para o novo setor de 138 kV atendido pela SE Erechim 525/138 kV.
Na Rede Básica observa-se uma redistribuição de fluxo pouco significativa nas linhas de transmissão de 230 kV que partem das SEs Barra Grande e Passo
Fundo em direção à SE Santa Marta, permanecendo cenários de elevados carregamentos e de eventuais sobrecargas admissíveis na LT 230 kV Passo Fundo
– Santa Marta, notadamente na contingência da LT 230 kV Barra Grande – Lagoa Vermelha 2 ou da LT 230 kV Lagoa Vermelha 2 – Santa Marta.
PARANÁ
No atual ciclo do PAR/PEL 2024, a COPEL DIS apresentou a previsão de carga global para o estado do Paraná contendo valores consideravelmente superiores
ao ciclo anterior, com crescimentos percentuais da ordem de 30%, se comparada com a carga de um mesmo ano no ciclo anterior do PAR/PEL 2023. Conforme
registrado pela distribuidora, estes acréscimos foram justificados pelos recordes de carga verificados nos últimos anos, ocasionados principalmente por
ondas de calor no estado, além da recuperação da economia e as consequentes solicitações de acesso na rede de distribuição no horizonte de estudo.
Como esperado, o aumento de carga provocou agravamento das violações de tensão e carregamento verificadas no ciclo anterior, além do surgimento de
novos problemas, principalmente na condição N-1, alguns deles sem solução estrutural definida pelo planejamento setorial.
De forma a manter as condições de atendimento às cargas do estado do Paraná, frente ao cenário previsto de elevação acentuada da demanda, estão sendo
indicados nesse ciclo do PAR/PEL 2024 reforços e ampliações na Rede Básica do estado que somam investimento estimados de aproximadamente 529
milhões de reais.
Destacam-se os reforços em subestações de fronteira, que acrescem 1.125 MVA à capacidade de transformação, e a nova SE Iguaçu 525/230 kV, na região
de Foz do Iguaçu, a qual seccionará a LT 525 kV Foz do Iguaçu – Cascavel Oeste e as LT 230 kV Medianeira Norte – Foz do Iguaçu Norte C1 e C2, e contará
ainda com um banco de transformadores 525/230 kV, (3+1R) x 200 MVA.
SANTA CATARINA
Para este ciclo do PAR/PEL registra-se a licitação do conjunto de obras abaixo, integrante do Lote 1 do Leilão de Transmissão ANEEL nº 002/2024, que teve
como vencedor o Consórcio Engie Brasil Transmissão, com prazo contratual de implantação até dezembro/2029 (60 meses):
- SE Abdon Batista 2 525 kV - 1º e 2º bancos de reatores de barra (6+1R) x 50 Mvar / 525 kV;
- SE Curitiba Oeste 525 kV - 1º e 2º bancos de reatores de barra (6+1R) x 50 Mvar / 525 kV;
- Seccionamento da LT 525 kV Ponta Grossa – Bateias C1 na SE Curitiba Oeste 525 kV;
- LT 525 kV Abdon Batista 2 – Curitiba Oeste C1, CS, 255 km, com banco de reatores de linha fixo de (3+1R) x 75 Mvar em ambos os terminais da linha;
- LT 525 kV Abdon Batista 2 – Segredo, CS, 230 km, com banco de reatores de linha fixo de (3+1R) x 65 Mvar em ambos os terminais da linha;
- LT 525 kV Cascavel Oeste – Segredo, CS, 186,5 km, e trecho em CD, 1,5 km;
- LT 525 kV Abdon Batista – Abdon Batista 2 C1 e C2, CD, 4,67 km.
Os benefícios desses novos corredores em 525 kV da Região Sul incluem (i) eliminação de problemas de sobrecarga no circuito 1 da LT 525 kV Itá – Salto
Santiago, quando da contingência do circuito 2, ou quando da contingência da LT 525 kV Areia – Campos Novos, notadamente em cenários de elevado fluxo
da região Sudeste para a região Sul (RSUL); (ii) eliminação de risco de sobrecarga na LT 525 kV Areia – Campos Novos, quando da contingência de um dos
circuitos da LT 525 kV Itá – Salto Santiago, também para cenários de RSUL elevado; (iii) aumento da confiabilidade na rede de 525 kV, devido ao maior número
de linhas interligando as SEs 525 kV Ponta Grossa, Curitiba Oeste e Abdon Batista 2, bem como entre as SEs 525 kV Cascavel Oeste, Segredo e Abdon Batista
2; e (iv) elevação no perfil de tensão do sistema Sul, devido ao aumento nos níveis de curto-circuito, melhorando marginalmente o desempenho dinâmico
quando da perda dupla da LT 765 kV Foz do Iguaçu – Ivaiporã (fator limitante para RSUL nos patamares de carga elevada) e reduzindo o carregamento da
transformação 765/500 kV da SE Ivaiporã (fator limitante para RSUL no patamar de carga reduzida), sendo possível atingir ganhos no valor limite de RSUL,
conforme apontado no relatório Volume II do PAR/PEL 2024 – Evolução dos Limites de Transmissão nas Interligações Inter-regionais.
MATO GROSSO DO SUL
O Mato Grosso do Sul se destaca pela crescente penetração da micro e minigeração distribuída (MMGD), que já ultrapassa 1.200 MW de potência instalada.
Esses números são particularmente significativos quando comparados à demanda máxima de 2023, de aproximadamente 1.600 MW. Atualmente, o estado
já apresenta saldo exportador de potência em determinados cenários, especialmente em períodos de carga mais reduzida, quando, por vezes, a geração
supera o consumo interno.
Nos próximos anos, essa característica de exportação de potência do estado deve ser ainda mais acentuada devido à crescente procura de novos
empreendedores notadamente de usinas fotovoltaicas, com maior concentração na região nordeste do estado. Informações atualizadas até setembro de
2024 indicam que essa região do estado apresenta 1.393 MW de futuras usinas fotovoltaicas com Contrato de Uso do Sistema de Transmissão – CUST
celebrado. Além disso, encontram-se em processo de análise pelo ONS ou possuem Parecer de Acesso viável emitido e válido, um adicional de 852 MW de
geração no estado, sendo 640 MW de geração fotovoltaica.
Em alguns cenários, constatam-se limitações no escoamento da geração, considerando a configuração atual da rede. Com o propósito de ampliar a
capacidade de escoamento da geração da região Nordeste do estado, está prevista a instalação do 4º ATF 440/230 kV da SE Ilha Solteira 2 e a implantação
do 4º circuito da LT 230 kV Inocência – Ilha Solteira 2, ambas as obras já outorgadas.
ACRE
O sistema de transmissão do Acre denota especial relevância na integração energética de algumas localidades desse estado que são atendidas de forma
isolada do SIN. Nesse contexto, a SE Cruzeiro do Sul 230/69 kV e a LT 230 kV Feijó – Cruzeiro do Sul, cuja entrada em operação está prevista para dezembro
de 2024, visa reduzir a dependência de geração térmica local no segundo maior município do Acre, garantindo maior confiabilidade no atendimento às cargas
da região.
Os desafios de confiabilidade, especialmente com o término dos contratos das usinas térmicas Cruzeiro do Sul D, Feijó D e Tarauacá D previsto para
setembro de 2025, exigem atenção ao critério “N-1”, uma vez que a nova rede de transmissão formará um radial singelo. Está em estudo pela EPE a proposta
de uma solução estrutural para a região.
RONDÔNIA
Em 2023, a região Norte enfrentou uma estiagem severa, que impactou diretamente o complexo hidrelétrico do rio Madeira. A UHE Santo Antônio foi
completamente desligada, enquanto a UHE Jirau operou com apenas 7 unidades geradoras. Essa situação elevou o risco de corte de carga e violou os limites
de recebimento da área RO, ressaltando a necessidade de reforços no sistema de transmissão. No último período seco, esse cenário se repetiu, cuja solução
adotada, conforme a revisão 3 da NT-ONS DPL 0062/2024, foi a operação do back-to-back em modo stand-alone com a UHE Jirau, mantendo a UHE Santo
Antônio parcialmente conectada através do transformador 500/230 kV da SE Coletora Porto Velho (TF-13).
Para melhorar a resiliência do sistema de transmissão da região, a EPE publicou, em outubro de 2024, o relatório EPE-DEE-RE-057/2024-REV0, que recomenda
em caráter determinativo a implementação de obras como a nova SE Vilhena 2 500/230 kV, as LT Jauru – Vilhena 2 500 kV e Vilhena – Vilhena 2 230 kV e
a substituição do TF13 500/230 kV da SE Coletora Porto Velho. Essas obras, fundamentais em cenários críticos, garantirão maior confiabilidade tanto em
períodos de seca quanto em períodos úmidos.
Essas iniciativas não só reforçam a confiabilidade do fornecimento de energia no estado de Rondônia, como também destacam o compromisso com a
sustentabilidade, a redução de emissões de gases de efeito estufa e a segurança energética na região, em face de um sistema cada vez mais interconectado
e resiliente às mudanças climáticas.
MATO GROSSO
Na região de Mato Grosso, destaca-se uma mudança energética significativa, impulsionada pela expansão da MMGD. Atualmente, o estado conta com
2 GW de capacidade instalada de MMGD, com um crescimento projetado de aproximadamente 55% em relação ao ciclo anterior. Para 2029, espera-se que
sua capacidade instalada ultrapasse os 4 GW, sendo a maior parte proveniente de geração solar fotovoltaica. Esse valor corresponderá a cerca de 145%
da demanda máxima prevista para o estado, posicionando Mato Grosso como o estado com a maior penetração de MMGD em relação à demanda máxima
projetada.
Esta expansão está remodelando o perfil da demanda diária, reduzindo a demanda diurna em contraste com a carga noturna. Além disso, a massiva
expansão desses RED tem culminado no esgotamento de alguns transformadores de fronteira da Rede Básica durante o período diurno.
Por outro lado, o crescimento acelerado do setor agropecuário em diversas macrorregiões do estado, como Sinop, Sorriso, Lucas do Rio Verde, Nova Mutum,
Rondonópolis e Nobres, tem superado as expectativas mais otimistas de crescimento econômico. Nessas regiões, com forte demanda energética voltada
para a irrigação no período noturno, o carregamento das subestações de fronteira tem aumentado, mesmo em condições normais de operação. Um exemplo
notável é a SE Sorriso 230/69 kV, que operou durante o período seco de 2024 com medidas temporárias até a entrada do 4° TF 230/69 kV, prevista para
dezembro/2025. Dentre essas medidas, destacam-se a flexibilização de 2% de sobrecarga em regime normal de operação na transformação 230/69 kV
da SE Sorriso, a operação da LT 230 kV Sorriso - Nova Mutum em 138 kV, e a adoção de horários de ponta diferenciados para os irrigantes atendidos pela
SE Sorriso 230/69 kV, conforme o Despacho ANEEL nº 2.134/2024.
Em relação às obras futuras, na 9ª Reunião Mensal de Monitoramento da Expansão da Transmissão de 2024, a nova SE Cuiabá Norte que contará com o
1º banco de AT 500/138 kV e seccionará o circuito 2 da LT 500 kV Jauru – Cuiabá, obra licitada à MEZ 7 Energia LTDA com data contratual para março de
2025, constou como sem previsão de entrada em operação. Esse novo ponto de suprimento de Rede Básica na região de Cuiabá contribui para redução do
esgotamento da transformação da SE Coxipó e dos circuitos em 230 kV entre Cuiabá e Coxipó, atendendo ao crescimento da demanda de carga da capital.
No entanto, devido ao atraso dessa obra, no ciclo atual foi indicada a instalação do 2º ATF 500/230 kV na SE Cuiabá, a fim de mitigar os problemas de
controle de tensão no setor 230 kV na contingência do único transformador da SE Cuiabá 500/230 kV. Outra obra importante se trata das soluções estruturais
para atendimento à região de Novo Progresso, no Pará, para atendimento às cargas da distribuidora Equatorial Energia Pará, que atualmente são supridas radialmente pela rede de distribuição em 138 kV da Energisa Mato Grosso, além disso permitirão atender ao crescimento de demanda da região de Novo
Progresso (PA) e da região norte do estado de Mato Grosso. Fazem parte desse lote a construção do setor em 230 kV da SE Cláudia com o 1° AT 500/230 kV
e do novo setor em 138 kV da SE Cláudia com o 1° ATF 230/138 kV. Adicionalmente, estão contempladas as implementações da nova SE Novo Progresso
230/138 kV e da SE Cachimbo 230 kV, com as LT 230 kV Cláudia – Cachimbo C1 e LT 230 kV Cachimbo – Novo Progresso C1.
RORAIMA
Recentemente, o estado de Roraima registrou um aumento significativo na demanda de carga devido a diversos fenômenos climáticos e sociais. Em resposta,
o ONS emitiu a 4ª revisão do Plano de Substituição do Parque Gerador do Sistema Elétrico de Roraima, aprovado pelo CMSE, com o objetivo de garantir o
atendimento à demanda máxima de Roraima, mesmo em situações de indisponibilidades críticas, até sua efetiva interligação ao SIN.
Após a conclusão das obras dos circuitos da LT 500 kV Lechuga - Equador - Boa Vista, prevista para janeiro de 2026, grande parte do estado, incluindo a
capital Boa Vista, será integrada ao SIN. Com isso, a operação da área Roraima atenderá os critérios estabelecidos nos Procedimentos de Rede, inclusive o
critério de operação “N-1” para as instalações de transmissão do sistema.
De forma a resguardar a maior parte das cargas na perda dupla do tronco em 500 kV, a futura interligação Manaus – Boa Vista será operada com limitação
de fluxo em até 55% da carga total do Estado de Roraima. Portanto, será demandado um montante de até 149 MW de geração térmica local para o pleno
atendimento a essa restrição elétrica.
Adicionalmente, foi constatado o esgotamento da transformação 230/69 kV da SE Boa Vista (3 x 100 MVA), o qual pode acarretar necessidade de geração
térmica por razão elétrica além da inflexibilidade contratada. Ante o exposto, foi indicado neste PAR/PEL 2024, um 4° transformador para essa subestação,
que permitirá uma operação com maior confiabilidade na área Roraima, dirimindo os problemas de sobrecarga na condição de N-1 da transformação.
GOIÁS E DISTRITO FEDERAL
Para as áreas Goiás e Distrito Federal, destaca-se o crescimento inesperado na carga desde o ano de 2023, antecipando valores de demanda inicialmente
previstos apenas para 2026, impulsionado por fenômenos climáticos e demandas reprimidas. Embora o crescimento de carga possa ser transitório, há
a possibilidade de que ele se sustente, o que demandará monitoramento contínuo pelo ONS para manter a confiabilidade do sistema. Paralelamente,
a previsão de geração na modalidade MMGD para Goiás e Distrito Federal no PAR/PEL 2024 é cerca de 40% superior à previsão do ciclo anterior, e irá
representar 54% da carga global ao final do horizonte. Esse aumento, aliado a cenários de intercâmbio Nordeste Exportador e ao elevado despacho de UFV
em Minas Gerais, eleva o risco de sobrecarga em condição normal de operação na LT 230 kV Cachoeira Dourada – Itumbiara, possivelmente exigindo alguma
modulação de geração na UHE Cachoeira Dourada.
Recentemente, a EPE publicou o relatório EPE-DEE-RE-058/2024, recomendando um novo ponto de suprimento, a SE Matrinchã 2 230/138 kV, com o objetivo
principal de suprir o esgotamento da SE Firminópolis 230/138 kV e atender à demanda reprimida da região de Jussara, especialmente as cargas irrigantes.
No entanto, ressaltamos que ainda está pendente a solicitação de acesso por parte da Equatorial Goiás, condição necessária para incluir essa obra no
PAR/PEL.
MINAS GERAIS
Nos recentes Leilões de Transmissão da ANEEL (nº 001/2022, nº 001/2023, nº 002/2023 e nº 001/2024), foram investidos cerca de R$ 32 bilhões no sistema
de transmissão para escoamento de geração em Minas Gerais e sul da Bahia, preparando a rede para uma expansão de geração em torno de 11 GW. No
entanto, Minas Gerais já possui aproximadamente 16,6 GW de geração solar fotovoltaica em operação ou com contrato assinado na Rede Básica e nas
Demais Instalações de Transmissão (DIT).
Dado esse montante expressivo de acessos de geração no estado e a escassez dos recursos de transmissão, são identificadas algumas restrições e problemas
de estabilidade de tensão mesmo considerando todas as obras recomendadas pelo planejamento, resultando em diversas negativas de solicitações de
acesso de novos geradores. Nesse sentido, foram recomendados três compensadores síncronos para o estado de Minas Gerais neste PAR/PEL, os quais
haviam sido indicados referencialmente no estudo de controle de tensão do PAR/PEL 2022, sendo estes equipamentos já presentes na programação do
Leilão de Transmissão do 2º semestre de 2025. Ademais, será publicado um estudo de planejamento da EPE, já em andamento, que visa sanar restrições de
escoamento na região metropolitana de Belo Horizonte e Zona da Mata, sendo sua previsão de conclusão em março/2025.
Destaca-se ainda que, devido ao mecanismo excepcional de anistia da ANEEL, instituído pela REN 1.065/2023, cerca de 3,7 GW de projetos de geração
fotovoltaica previstos para Minas Gerais tiveram suas outorgas revogadas e respectivos CUST rescindidos. Em função dos ritos previstos para esse processo,
o ONS realizou duas rodadas de revisões de pareceres de acesso, com o objetivo de utilizar a margem de escoamento liberada para a viabilização da
contratação de novos projetos de geração.
Com relação à geração conectada na rede de distribuição, Minas Gerais conta atualmente com 5 GW de capacidade instalada de MMGD em operação,
com projeção de um montante de 10,6 GW até 2030, o que corresponderá a 86% da carga máxima prevista para o Estado. O aumento desses Recursos
Energéticos Distribuídos (RED) somados à geração distribuída (Tipo II-B e Tipo III) conectadas nas DIT e na Rede de Distribuição tem causado inversão do fluxo
nos transformadores de fronteira da Rede Básica, principalmente nas regiões Norte e Triângulo Mineiro, onde o excesso de geração nos períodos de maior
incidência solar pode causar até mesmo o esgotamento de algumas transformações de fronteira.
SÃO PAULO
Um ponto importante a ser destacado na Área São Paulo é que as obras do 1º Transformador Defasador 230/230 kV da SE Anhanguera 345/230 kV e da
LTCD 345 kV Miguel Reale – Centro CTR têm como objetivo viabilizar a melhoria do atendimento à demanda da ENEL-SP e atender de maneira emergencial
ao crescimento do número de consumidores, visto o aumento da demanda na região Metropolitana de São Paulo, em especial os novos empreendimentos
de Data Centers, conforme indicado no Relatório EPE-DEE-RE-006/2024 rev1, Reforço do Sistema da Região Central da Cidade de São Paulo - Parte 1, de 10
de julho de 2024.
Adicionalmente, vale destacar que nos Lotes 3 (MEZ 6) e 8 (MEZ 8) do Leilão de Transmissão ANEEL nº 001/2020, foram licitadas as obras cujo objetivo
era aumentar a confiabilidade do sistema de transmissão da região metropolitana de São Paulo e garantir o atendimento ao crescimento do mercado,
especificamente nas sub-regiões Norte, Sul e Leste da capital, além da região do ABC. No Lote 5 (MEZ 10) do Leilão de Transmissão ANEEL nº 001/2021,
foi licitada a obra cujo objetivo foi fortalecer o sistema de transmissão da região industrial de Mairiporã, Jaguari e São José dos Campos. Devido a atrasos
previstos no cumprimento dos prazos estabelecidos e às incertezas quanto à execução das obras, nas análises desse PAR/PEL foram avaliados casos de
fluxos de potência com e sem a presença dessas obras, de modo a reavaliar o impacto de sua ausência no desempenho do sistema elétrico da área
São Paulo.
As análises realizadas no atual ciclo reafirmaram que a ausência de tais obras trará sérios problemas ao atendimento das sub-regiões envolvidas, com
possibilidade de violação das capacidades de longa e curta duração, em contingências simples. Também são observados problemas com impacto significativo à área São Paulo no que tange às perdas duplas de alguns equipamentos.
Outro ponto relevante é que, no atual ciclo de estudos do PAR/PEL 2024, a CTEEP informou, através da Carta CT/T/674/2024, de 30/04/2024, que durante as
atividades de inspeções e análises de manutenção, foi identificada a existência de vãos com cabos baixos em algumas linhas de transmissão pertencentes
ao conjunto das Demais Instalações de Transmissão (DIT). Desta forma, por motivos de segurança, houve a necessidade de revisão da capacidade de
emergência limitada à capacidade normal de um conjunto de linhas de transmissão.
Como consequência, poderão ocorrer violações das capacidades de carregamento na condição N-1 até então não observadas em ciclos anteriores. Além
disso, haverá impacto nas análises de novos acessos na rede DIT, nos curto e médio prazos, assim como nos pedidos de Contratação de Reserva de
Capacidade (RC) e MUST Flexível, bem como nas suas renovações.
RIO DE JANEIRO
Para a área Rio de Janeiro, destaca-se a solução conjuntural para minimizar o problema de esgotamento da rede em 345 kV, que foi licitada no Leilão de
Transmissão ANEEL nº 001/2024, que consiste na implantação de um transformador 500/345 kV de 1.500 MVA no pátio da subestação da UTE GNA I, que
associado a algumas medidas operativas, reduzirá os carregamentos nessas linhas de transmissão. A previsão de instalação desse equipamento segundo o
acompanhamento de obras da ANEEL é setembro/26.
Em relação ao problema de superação do nível de curto-circuito na SE São José 500/138 kV, a parte 1 do trabalho foi finalizada pelo Grupo de Trabalho
de Curto-Circuito (GT-CC) do Rio de Janeiro, coordenado pela EPE, com a participação do ONS, da LIGHT, ELETROBRAS, LTTE e PETROBRAS. Portanto, em
fevereiro de 2024, a EPE emitiu o Relatório EPE-DEE-RE-004/2024-rev0, que recomendou a substituição dos bancos TR11 e TR12 de 600 MVA, que estão
obsoletos, por outros dois bancos de 900 MVA e uma unidade reserva de 300 MVA, com reatâncias de 19,5% em suas bases de potência e tensão, e a
manutenção do barramento de 138 kV dessa SE operando aberto.
ESPÍRITO SANTO
Para a área Espírito Santo, destaca-se a expansão do sistema de transmissão em 500 kV do estado, com a construção da LT 500 kV Medeiros Neto II – João
Neiva 2 C1 e C2 e da LT 500 kV João Neiva 2 – Viana 2 C1 e C2, que permitirão aumentar o escoamento de geração da região Nordeste para a região Sudeste.
Outro importante empreendimento é a substituição do AT 01 de 225 MVA da SE Vitória 345/138 kV por um novo banco (3+1) x 133,33 MVA, que foi outorgada
pela ANEEL à Eletrobras através da Resolução Autorizativa nº 14.990/2024. Essa subestação é responsável pelo atendimento às cargas da capital do estado.
AMAZONAS
Destaca-se a alteração dos contratos de energia das usinas térmicas do estado decorrente da Medida Provisória nº 1.232/2024, publicada em junho/2024,
que permitiu que os Contratos de Compra e Venda de Energia Elétrica (CCVE) de usinas térmicas cujas despesas sejam reembolsáveis pela Conta de
Consumo de Combustíveis (CCC) poderiam, a critério da parte vendedora, ser convertidos em Contratos de Energia de Reserva (CER). Nesse contexto, o
Despacho ANEEL nº 3.025/2024, de outubro/2024, aprovou a conversão dos contratos das usinas térmicas Jaraqui, Tambaqui, Cristiano Rocha, Manauara,
Ponta Negra e Aparecida em energia de reserva, estabelecendo critérios de inflexibilidade similares aos operados pela da UTE Mauá III. As usinas, que antes
operavam de forma 100% inflexível, terão ajustes baseados nas novas regras, impactando principalmente as UTEs Ponta Negra, Manauara, Cristiano Rocha,
Tambaqui e Jaraqui, se traduzindo numa redução da inflexibilidade total das usinas térmicas do Amazonas de 661 MW para aproximadamente 518 MW.
Outro aspecto relevante é a previsão de entrada em operação comercial das usinas térmicas Azulão, Azulão II, Azulão IV e Manaus I, com uma potência
instalada total de cerca de 1.049 MW, que venderam sua energia nos Leilões de Reserva de Capacidade 2021 e 2022. O complexo Azulão (886 MW)
será conectado à Rede Básica na SE Silves 500 kV, enquanto a UTE Manaus I (162,9 MW) se conectará via rede de distribuição à SE Distrito III 138 kV, de
propriedade da Amazonas Energia.
AMAPÁ
Ressalta-se a previsão de entrada em operação da SE Macapá III 230/69 kV – 2x150 MVA e da LT 230 kV Macapá – Macapá III, previstas ainda em 2024, e da
LT 230 kV Macapá III – Laranjal do Jari, prevista para setembro/2026. Essas obras proporcionarão maior confiabilidade no atendimento às cargas do estado
e no escoamento de geração hidráulica em períodos úmidos. A entrada em operação da SE Macapá III 230/69 kV eliminará a necessidade de manutenção
do 4º transformador na SE Macapá 230/69 kV, atualmente disponível como reserva sistêmica local e que deve ser energizado em caso de indisponibilidade
prolongada de um dos três transformadores dessa subestação. A LT 230 kV Laranjal do Jari – Macapá III, por sua vez, eliminará a possibilidade de ilhamento
do sistema Amapá quando da contingência dupla da LT 230 kV Macapá – Laranjal do Jari C1 e C2.
PARÁ
No estado do Pará, destaca-se o problema de licenciamento ambiental relacionado ao seccionamento da LT 230 kV Vila do Conde – Miltônia 3 na SE Tomé
Açu, essencial para atender ao critério N-1 de confiabilidade às cargas da região nordeste do estado do Pará supridas pela SE Tomé Açu, que entrou em
operação em abril de 2023. Devido à complexidade do problema, o ONS encaminhou a carta CTA-ONS DPL 2363/2023, de 15/12/2023, contextualizando
a situação e solicitando apoio do MME e da ANEEL para resolver esse impasse. No âmbito do GT PA-MA-TO 2024, realizado em julho de 2024, a ANEEL
informou que o empreendimento está sendo monitorado e que irá verificar junto ao MME as providências adicionais a serem tomadas. Diante deste
contexto, foi estabelecida uma ação para o MME e a ANEEL atuarem junto à SEMAS-PA, ETEPA e Mineração Paragominas, a fim de encontrar uma solução
para o problema citado, de forma a garantir a confiabilidade da operação da Rede Básica conforme os critérios definidos pelo planejamento setorial.
MARANHÃO
Merece destaque a recomendação das obras estruturantes que solucionarão os problemas de atendimento às cargas da região leste do estado do Maranhão.
Ressalta-se que essa região é suprida pelas SEs 230/69 kV Caxias II e Coelho Neto, ambas alimentadas originalmente pela LT 230 kV Peritoró – Teresina,
instalação construída há mais de 50 anos e que apresenta sinais significativos de envelhecimento, indicando o fim da sua vida útil física. Essa solução
contempla também o atendimento ao consumidor Heineken, que atualmente é suprido por meio de uma derivação (tap) na LT 230 kV Peritoró – Caxias II C1,
que será desativada. A solução de planejamento proposta é a construção da LT 230 kV Caxias II – Heineken, instalação de uso exclusivo a ser construída
pelo próprio consumidor.
Outro destaque é a licitação no Leilão de Transmissão nº 001/2024, realizado em 28/03/2024, da LT 230 kV Ribeiro Gonçalves – Balsas C2. Este empreendimento
foi outorgado à EDP Transmissão Norte Nordeste 2 S.A., com entrada em operação comercial prevista para 30/06/2029, conforme Contrato de Concessão
ANEEL nº16/2024. Tal empreendimento garantirá o atendimento ao critério N-1 ao regional de Balsas, eliminando o problema de corte de toda a carga da
distribuidora Equatorial Maranhão suprida pela SE 230/69 kV Balsas, na perda da única LT 230 kV Ribeiro Gonçalves – Balsas.
PIAUÍ
O esgotamento dos recursos para controle de tensão no estado Piauí é um ponto que merece destaque. Neste ciclo do PAR/PEL foram identificados
problemas que podem levar ao colapso de tensão na região polarizada pela SE Parnaíba III, em situações de contingências simples das LTs 500 kV Parnaíba
III – Bacabeira C1 ou C2, Parnaíba III – Tianguá II C1, ou Parnaíba III – Acaraú III C1. Esse fenômeno resultou em uma margem de escoamento de geração
nula até 2028 em várias subestações do estado, sendo liberada somente em 2029, com a entrada em operação das obras recomendadas no relatório EPE-
DEE-RE-014/2022-rev2.
Destaca-se também os problemas de sobrecarga verificados em situações de inversão de fluxo nos transformadores de fronteira do estado, a exemplo das
SEs 230/69 kV São João do Piauí e Eliseu Martins. No caso da SE São João do Piauí, a solução é a substituição dos TR 230/69 kV de 33 MVA (04T3 e 04T4)
por outros de 100 MVA, reforços já outorgados e previstos para julho/2025. Quanto à SE Eliseu Martins, as obras outorgadas ou indicadas no Plano de
Outorgas da Transmissão de Energia Elétrica – POTEE não solucionam o problema. Ressalta-se, que neste caso, o ONS pode exigir ações de mitigação, como
a redução de geração da distribuidora ou a instalação de sistemas de corte de geração para as usinas conectadas na rede de distribuição.
BAHIA
Destaca-se que neste ciclo do PAR/PEL foi observada a possibilidade de colapso de tensão em situação de contingência de linhas de transmissão em 500 kV
localizadas na região oeste da área Bahia. Essa situação ocorre devido ao elevado montante de geração eólica e fotovoltaica na região, além do fato da
malha de transmissão da Bahia ser caminho para escoamento de geração entre os demais estados do Nordeste e o subsistema Sudeste/Centro-Oeste.
A solução para tais problemas associados a escoamento de geração é o conjunto de obras licitadas nos leilões de transmissão: Lotes 1 a 7 do Leilão de
Transmissão ANEEL nº 001/2023, Lotes 1 a 3 do Leilão de Transmissão ANEEL nº 002/2023 e Lotes 1 a 6 e 12 a 15 do Leilão de Transmissão
ANEEL nº 001/2024, previstas para entrar em operação até 2030.
Atualmente, de modo a contornar possíveis colapsos de tensão, vem sendo monitorados e controlados fluxos na região que mitigam a possibilidade de
problemas dessa natureza em caso de N-1. Cabe destaque a monitoração do fluxo na LT 500 kV Buritirama – Barreiras II, que evita problemas em caso de
contingência na referida linha, e do Fluxo Bahia Sudoeste (FBASO), que previne colapso na contingência da LT 500 kV Sol do Sertão – Bom Jesus da Lapa II.
SERGIPE
Destaca-se que em cenários de exportação do Nordeste, há possibilidade de sobrecarga em condição normal de operação, e em situações de contingência
simples, na LT 230 kV Itabaiana – Itabaianinha, sentido da SE Itabaiana para a SE Itabaianinha. Ressalta-se que a contingência da LT 500 kV Jardim –
Camaçari IV poderá ocasionar sobrecarga inadmissível com consequente atuação da proteção de sobrecorrente na mencionada linha de transmissão em
230 kV. A depender das condições operativas, a abertura dessa LT poderá provocar desligamento em cascata de outras linhas de 230 kV que possuem relés
de sobrecorrente ativos, com consequências severas para a região.
Atualmente, existem duas inequações onde são monitorados e controlados os fluxos para prevenir sobrecarga inadmissível na LT 230 kV Itabaiana –
Itabaianinha na contingência da LT 500 kV Jardim – Camaçari IV e em condição normal de operação.
Com a entrada em operação da LT 230 kV Olindina – Itabaianinha e consequente desativação da LT 230 kV Itabaiana – Itabaianinha, atualmente prevista para
o ano de 2026, as condições de atendimento na região serão satisfatórias.
CEARÁ
Até a entrada das obras estruturantes para a região Nordeste, licitadas no Leilão de Transmissão nº 001/2024 e com previsão de entrada em operação a
partir do ano de 2029, em cenários de elevado fluxo do Rio Grande do Norte para o Ceará, poderá ocorrer colapso de tensão no sistema de transmissão
desses estados nas contingências das LTs 500 kV Pacatuba – Jaguaruana II, Fortaleza II – Quixadá, Açu III – Jaguaruana II ou Açu III – Milagres II. Em
decorrência deste problema, não há margem de escoamento adicional de geração em todas as subestações no estado do Rio Grande do Norte e em boa
parte das subestações do estado do Ceará, bem como a impossibilidade do escoamento, em sua totalidade, da geração das usinas em operação e com
contrato celebrado com previsão de entrada em operação até 2029. Após a implementação do conjunto de obras estruturantes para a região Nordeste, o
problema poderá persistir na contingência das LTs 500 kV Pacatuba – Jaguaruana II, Açu III – Morada Nova, Quixadá – Crateús ou Crateús – Teresina IV. É
importante ressaltar que esse problema ocasionou a limitação de margem de escoamento adicional também nos estados da Paraíba, Pernambuco e Alagoas.
Adicionalmente, neste ciclo do PAR/PEL, foram identificados problemas que podem levar ao colapso de tensão na região polarizada pela SE Parnaíba III,
em situações de contingências simples das LTs 500 kV Parnaíba III – Bacabeira C1 ou C2, Parnaíba III – Tianguá II C1, ou Parnaíba III – Acaraú III C1. Em
decorrência deste problema, alguns pontos de conexão localizados no norte do estado do Ceará não apresentam margem de escoamento até o ano de 2028,
sendo liberada após a entrada em operação das obras dos Lotes 1, 2, 12, licitadas no Leilão de Transmissão Nº 001/2024, com previsão de entrada em
operação até junho/2030.
RIO GRANDE DO NORTE
Para o Rio Grande do Norte, mesmo com a entrada das obras estruturantes para a região Nordeste licitadas no Leilão de Transmissão nº 001/2024 e com
previsão de entrada em operação a partir do ano de 2029, em cenários de elevado fluxo do Rio Grande do Norte para o Ceará, poderá ocorrer colapso de
tensão no sistema de transmissão desses estados nas contingências das LTs 500 kV Pacatuba – Jaguaruana II, Fortaleza II – Quixadá, Açu III – Jaguaruana
II ou Açu III – Milagres II. Em decorrência deste problema, não há margem de escoamento de geração em todas as subestações no estado do Rio Grande
do Norte e em boa parte das subestações do estado do Ceará, bem como a impossibilidade do escoamento, em sua totalidade, da geração das usinas
em operação e com contrato celebrado com previsão de entrada em operação até 2029. Ressalva-se que, após a implementação do conjunto de obras
estruturantes para a região Nordeste, o problema poderá persistir na contingência das LTs 500 kV Pacatuba – Jaguaruana II, Açu III – Morada Nova, Quixadá
– Crateús ou Crateús – Teresina IV. É importante ressaltar que esse problema ocasionou a limitação de margem de escoamento também nos estados da
Paraíba, Pernambuco e Alagoas.
Outro destaque para o Rio Grande do Norte, é o risco de sobrecarga inadmissível por fluxo reverso nos transformadores de fronteira da SE Açu II 230/138 kV
e Paraíso 230/138 kV quando na contingência de um dos transformadores. Caso essa sobrecarga ocorra, o ONS poderá solicitar à distribuidora a redução da
geração conectada em sua área de concessão e/ou a instalação de SEP de corte de geração para as usinas conectadas no setor de 138 kV das subestações.
PARAÍBA
Poderá ocorrer colapso de tensão na região da SE Santa Luzia II, em situações de contingência simples da LT 500 kV Santa Luzia II – Campina Grande III ou
LT 500 kV Santa Luzia – Milagres II. Este problema é mitigado após a entrada em operação da LT 500 kV Bom Nome II – Santa Luzia II, a qual foi indicada no
estudo “EPE-DEE-RE-015/2022-ver1” e incluída no POTEE 2024– 1ª Emissão. O diagnóstico detalhado deste problema será atualizado após o recebimento
dos novos modelos matemáticos das usinas da região.
Outro destaque para a Paraíba, é o risco de sobrecarga inadmissível por fluxo reverso nos transformadores de fronteira da SE Paraíso 230/138 kV e
SE Campina Grande II 230/138 kV quando na contingência de um dos transformadores. Caso essa sobrecarga ocorra, o ONS poderá solicitar à distribuidora
a redução da geração conectada em sua área de concessão e/ou a instalação de SEP de corte de geração para as usinas conectadas no setor de 138 kV
dessas subestações.
PERNAMBUCO
Durante a análise de carregamento dos transformadores de fronteira do estado de Pernambuco, verificou-se que poderá ocorrer sobrecarga inadmissível em
uma das unidades remanescentes 230/69 kV – 100 MVA na SE Mirueira em situação de contingência de um dos quatro transformadores desta subestação.
Para evitar esse problema, está sendo indicado neste ciclo do PAR/PEL a implantação do 3º TR 230/69 kV – 150 MVA da SE Mirueira II e a substituição dos
TRs 230/69 kV – 100 MVA da SE Mirueira, que estão em final de vida útil, por duas unidades de 200 MVA.
Outro destaque para Pernambuco, é o risco de sobrecarga inadmissível por fluxo reverso nos transformadores de fronteira da SE Bom Nome 230/138 kV
quando na contingência de um dos transformadores. Caso essa sobrecarga ocorra, o ONS poderá solicitar à distribuidora a redução da geração conectada
em sua área de concessão e/ou a instalação de SEP de corte de geração para as usinas conectadas na rede de 138 kV da região.
ALAGOAS
Em todo o horizonte do PAR/PEL 2024 – Ciclo 2025-2029, em patamares de cargas elevadas nas SEs 230/69 kV Penedo e Arapiraca III, verifica-se subtensão
e consequente rejeição de carga na SE Arapiraca III 69 kV na contingência da LT 230 kV Arapiraca III – Penedo C1 (04S9) ou da LT 230 kV Arapiraca III – Rio
Largo II C1 (04F1). A solução para esse problema está sendo avaliada pela EPE no estudo “Solução para problema de tensão na região de Arapiraca e
Penedo”, com previsão de término em junho/2025.
Ressalta-se também a indicação, neste ciclo do PAR/PEL, da implantação do 3º TR 230/69 kV da SE Maceió II que visa solucionar o risco de sobrecarga
inadmissível no transformador remanescente 230/69 kV, de 200 MVA, na SE Maceió II, em situação de contingência de um dos dois transformadores desta
subestação.