Projeções do ONS apontam que subsistema Sudeste/Centro-Oeste deve ultrapassar 50% do volume em julho de 2022

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Expectativa para o armazenamento do SIN, no final de fevereiro, está entre de 55,2 % e 60,6%, a depender do cenário. Dados foram apresentados em reunião do CMSE


O nível do armazenamento do subsistema Sudeste/Centro-Oeste pode chegar a 51,4% até o final de julho deste ano, no cenário hidrológico mais otimista, conforme apresentou o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) em reunião do Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE), realizada nesta quarta-feira, dia 2 de fevereiro. O percentual apresentado não é alcançado desde junho de 2020 na região, que concentra 70% dos reservatórios do País. O cenário representa 25,4 p.p acima do nível verificado no dia 31 de julho de 2021, considerando o pior cenário de precipitação. Atualmente o subsistema Sudeste/Centro-Oeste encontra-se com 42,85% da sua capacidade. 

O volume do reservatório equivalente do Sistema Interligado Nacional (SIN) apresentou 49,4%, em 31 de janeiro deste ano, 5,1 p.p. acima do previsto na primeira reunião ordinária do CMSE realizada em 2022. Se comparado com o mês passado, também houve melhora nas afluências, principalmente nas regiões Sudeste, Nordeste e Norte do país.

Nas simulações apresentadas, destacou-se que as restrições hidráulicas associadas ao Plano de Contingência para recuperação dos reservatórios, bem como o Protocolo de Compromisso para restabelecimento das condições da outorga de Ilha Solteira estão sendo atendidos.

Na ocasião, foi sugerido ao colegiado que houvesse a redução do acionamento das térmicas despachadas pelo ONS para um total de até 10.000 MW médios ao longo do mês de fevereiro com Custo Variável Unitário – CVU de até R$ 600/MWh. Até janeiro, com o objetivo de minimizar custos com a operação termelétricas mais caras, o limite da geração desta fonte de energia era de até 15.000 MW médios, limitados a termelétricas com CVU de até R$ 1.000/MWh, ou R$ 1.500/MWh em casos excepcionais.

A melhoria das condições de atendimento eletroenergético é resultado das medidas preventivas que começaram há mais de um ano, mas ainda requer cautela e atenção na operação.

O ONS reitera que preza pela isonomia em suas decisões e valoriza a transparência, por isso vem mantendo continuamente as divulgações sobre as reuniões técnicas de maneira a manter toda a sociedade atualizada sobre as recomendações feitas pelas nossas equipes. Em nosso site é possível conferir as notas técnicas que embasaram todas as decisões do CMSE. Em breve, disponibilizaremos a de fevereiro, refletindo a melhora nas condições de atendimento.