ESCLARECIMENTO EM RELAÇÃO À REPORTAGEM DO JORNAL VALOR ECONÔMICO INTITULADA “NOVA REGRA AFROUXA SEGURANÇA DE REDES DE TRANSMISSÃO”
O Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) reitera que mantém a postura propositiva e preventiva na coordenação do setor elétrico brasileiro há mais de duas décadas, prezando pela segurança e a excelência do Sistema Interligado Nacional (SIN). No atual contexto de escassez hídrica, sempre que identificou a necessidade de medidas adicionais, prontificou-se a estudar diversos cenários e a mapear potenciais impactos para, em seguida, divulgar de forma ampla e transparente à população.
De acordo com um estudo que está em fase de conclusão e que será divulgado em breve, informação esta que foi dada ao repórter no decorrer da entrevista, o Operador, de forma a encontrar soluções que possam garantir o suprimento energético para a sociedade, identificou a necessidade de flexibilizar os limites de transmissão e alterar o critério chamado de N-2 para N-1. A medida será adotada nas linhas de transmissões Tucuruí-Xingu C1 e C2 e nos bipolos Xingu-Estreito e Xingu-Terminal Rio e permitirá trazer mais energia, principalmente das renováveis do Nordeste, para o Sudeste/Centro-Oeste e Sul. Na prática, fazendo uma analogia, a mudança temporária deste procedimento técnico seria como se permitíssemos um tráfego maior de veículos em algumas estradas, num determinado horário do dia, de forma cuidadosa e controlada, para preservar a segurança. Para a população, a mudança não traz impactos no dia a dia.
Em meio ao período hidrologicamente sensível pelo qual estamos atravessando, o ONS avaliou os ganhos operacionais, antes de recomendar tal medida, sem com isso abrir mão da segurança e equilíbrio do sistema, uma vez que sempre que algum risco ao SIN for identificado, como alerta de queimadas, mau tempo ou indisponibilidade de equipamentos, o sistema volta para sua configuração de projeto, ou seja, para o N-2. Vale ainda dizer que o procedimento é temporário e voltará ao padrão habitual assim que o cenário permitir.